quarta-feira, 27 de maio de 2009

Pinte um mundo só seu, ou, talvez, de todos. Pinte o que quiser.

Hoje eu quero escrever besteiras, postar asneiras. Cansei dessa vida de vidro, papel e plástico. Vou pegar meus lápis-de-cor e sair por aí, pintando paredes, muros, rostos e tudo o que ver. Pintar um sorriso, um abraço, um sentimento. Pintar o calor, a dor e o amor. Pintar por prazer, sem motivo algum, ou motivos demais. Simplesmente o querer. Querer isto ou aquilo, tanto faz; pegue um pincel, pinte no ar e corra atrás.
É possível viver por querer demais?


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Completamente sem nexo; eu sei.
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terça-feira, 26 de maio de 2009

Meus fins, meus meios, minhas justificativas.

Ética e moral. Palavras que talvez -veja bem, somente talvez- respondam a inquietante pergunta "Os fins justificam os meios?".
Não há um "sim" ou um "não" para esta pergunta, cada pessoa possuí sua própria perspectiva para justificar, ou não; de acordo com sua ética e moral. Portanto, nem todos os fins serão justificados. Não para todos. Algo ético para mim, pode não ser para você. Logo, se eu utilizar algum meio para alcançar um objetivo, você pode achar que não há justificativa para tal coisa. Mas há. Para mim, não para você.
Tenho a opinião de que, tudo é relativo. Então, os fins justificam os meios. Talvez somente para quem os fez, mas, de acordo com sua moral, justificam.
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Selo.

Ganhei um selo da Carol Meirelles, http://cinderela-de-saia-justa.blogspot.com . Muito obrigada, Carol. Mesmo. :)


Regras:

- Indicar os dez blogs "carpe diem".
- Dizer o que é "colher o dia" para você.

Carpe Diem, para mim, é tornar todo e qualquer momento especial e sempre aprender algo, em qualquer situação.

E sobre os blogs indicados, não tenho tempo agora, e também não faço ideia de quais blogs indicar. Risos. Mais tarde atualizo este post e aviso à quem indiquei, uh.
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segunda-feira, 25 de maio de 2009

Desculpe-me.

Seu coração acelerou de repente, pulsava com toda sua força, fazendo a caixa torácica parecer pequena demais para ele e os pulmões, que competiam a páreo, acelerados. A respiração estava ofegante, temerosa. O silêncio predominava os cômodos, somente uma doce voz sussurrava em sua mente: "Vá até o quarto...". Ela levantou de sobre-salto do sofá da sala e rumou silenciosa até o quarto, onde havia alguém. Uma pessoa conhecida, amada, porém, a qual palavras odiosas foram dirigidas em um momento de fúria qualquer, onde, para não magoá-la, foram escritas e guardadas somente para si. Foram achadas. A pior de todas que ela poderia ter escrito, quebrando o elo que ainda as ligava. Quebrando a confiança que ainda existia. Um mero pedaço de papel, contendo frases sem coesão... Estava com vontade de arrancar o papel das mãos da mesma, mas não o fez. Deixou-a quebrar-se por inteiro, a dilacerando com palavras logo após.
"Desculpe-me..." - sussurrou com lágrimas nos olhos. Não foi o bastante.
Ela fora embora, deixando-a sozinha no cômodo preenchido pela tensão. Ela chorou sentada ao chão, aninhada em seu próprio corpo, como uma criança medrosa. Sem ao menos coragem para explicar-se.
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Acredite, ela foi sincera quando pediu desculpas. Eu fui sincera.
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terça-feira, 19 de maio de 2009

As duas faces.

A esplendorosa princesa estava em sua torre, de pé, ao lado da janela. Escovava seus cabelos freneticamente, como se isto pudesse livrá-la de algo. Algo nojento, impuro. Prazeroso.
Há dias ela posicionava-se lá, no mesmo local, a espera de algo. Ou melhor, de alguém. Seu príncipe. Príncipe este, que jamais chegaria. Estava morto. Ela o vira morrer. A delicada princesa o matara. Com seus longos e finos dedos, acompanhados por um belo punhal de ouro.

Ela sentira a vida dele esvaindo-se em suas mãos, vira seu sangue escorrendo lento e pegajoso por elas. Causara sua dor, e sentira-se bem com isto. E então, você deve estar se perguntando, ela sentia remorso? Talvez. Mas, não pelo assassinato em si, e sim, por agora, estar fadada à uma espera eterna.

Cogitou a ideia de acabar com sua própria vida? Em momento algum. Ela é inatingível, perante aos outros. Diante de si mesma, é incrivelmente frágil. E, para dar fim a própria vida, é necessário ser forte. E tolo, muito tolo.
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quinta-feira, 14 de maio de 2009

Chocolate congelado.

"Seus olhos eram como uma convidativa xícara de chocolate-quente, em uma manhã fria de inverno. Ah, todo aquele calor que emanava deles... Aquecendo-me a alma e a imaginação. Olhos tão líquidos e profundos; tão profundos a ponto de, quando observados com atenção, transparecem seus sentimentos mais secretos. Não haviam segredos entre nós; pois bem, não haviam.
Agora, meus fumegantes e aconchegantes olhos de chocolate, estão completamente duros e gélidos, como gelo. Meu cativante sorriso, que brincava com calor em meio aos flocos de neve, e, se pudesse, os derreteria com seu calor, agora está perdido. Perdido em meio a esta pessoa em quem você se tornou. Pessoa esta, a quem eu desconheço."

Eu, sinceramente, não entendo as mudanças repentinas de personalidade que as pessoas estão tendo ultimamente. Não mesmo.
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quarta-feira, 13 de maio de 2009

We'll kill ourself to find freedom. You'll kill yourself to find anything at all.

"Dizendo, hey você está sangrando por nada
É difícil respirar quando você está por conta própria
Mataremos a nós mesmos para encontrar liberdade
Você se matará para encontrar alguma coisa." - Augustana; Hey Now.
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terça-feira, 12 de maio de 2009

A carta.

Não havia muito tempo, ele lhe mandara uma carta. Uma carta onde continha uma tentativa frustrada de explicar o quanto a amava. Tentativa esta, frustrada, pois o amor não é algo que se possa explicar com palavras, palavras não podem ser sentidas. E o amor, o amor não pode ser escrito, ouvido, visto ou sequer tocado. Você pode somente senti-lo. Você nunca o toca, mas ele lhe acaricia a pele em cada brisa da manha, abrange sua alma em cada olhar, cada sorriso, cada pequeno gesto... Ele aguardou uma resposta durante dias. Esperançoso, nunca receoso de que seu amor não fosse correspondido. Mas o tempo não fora bondoso, passou lentamente, corrosivamente. Sem perder as esperanças, acreditando que ela somente estava temerosa por assumir seu amor, ele fora procurá-la... Encontrou uma casa abandonada. Ela fora embora e havia deixando somente um telegrama, ao lado de uma carta despedaçada, do mesmo modo que, em pouco tempo, um coração ficaria. O telegrama continha somente quatro palavras, quatro palavras que, naquele momento, possuíam o poder de destruir um homem: Eu não lhe amo.
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Manicômio.

Um grito soa alto dentro de meu corpo, ele percorre minhas veias lentamente, fazendo-me ser dominado vagarosamente pela sensação de raiva. Fecho meus olhos tentando acalmar-me, mas quando os abro, a sensação volta mais forte, com mais ódio, com mais raiva, mais desejo de vingança.

Choco-me com força contra as paredes acolchoadas, mas nada acontece, elas continuam ali, firmes e fortes, mantendo-me preso com meus sentimentos e angustias. Uma vontade repentina de gritar me envolve, então libero meu ódio e minha angustia:

-Malditos, vocês é que deveriam estar presos aqui, sendo torturados, todos os dias, até a loucura.

Esmurro as paredes em tentativas frustradas de derrubá-las, de me ver livre deste lugar horrível, mas isso só chama a atenção dos médicos, que rapidamente vem sedar-me. Agora, como em todas as outras vezes, sinto-me fraco, com os olhos pesados, o sedativo está fazendo efeito, logo irei adormecer profundamente.

Adormeço, com a certeza de que irei acordar aqui, neste mesmo chão acolchoado, em meio a estas mesmas paredes, a essa loucura que me cerca. Preferia adormecer e jamais acordar, a deparar-me com este manicômio novamente.

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"Entre tapas e abraços..."

Eu sei que estou atrasada, mas quem se importa? Eu não. Nunca é tarde - ou cedo - demais, para dizer o quanto eu lhe amo, mamãe. Amor não tem hora - nem data- para ser expressado; nunca teve.
Você não é minha melhor amiga, nem de longe a pessoa em quem eu mais confio, mas eu te amo. Nós somos diferentes, às vezes, até mesmo distantes... Mas, nos amamos. De verdade. Nós podemos não sair juntas, não compartilharmos os mesmos gostos, ou sequer desabafarmos uma com a outra, mas o amor existe. Existiu desde o primeiro instante. Em todos os dias da minha vida. Você não sabe, mas eu me preocupo quando você está doente. Como agora... Eu sei que, digo todos os dias a mim mesma "Eu sei me virar sozinha, eu não dependo de você." mas, sinceramente, eu não sei como seria viver sem você, mamãe. Eu não faço ideia de como seria não ter com quem discutir todos os dias, sobre as coisas mais imbecis possíveis. Sim, eu sentiria falta das nossas discussões. Sentiria falta de tudo em você.
Você não me compreende, não me escuta, não sabe do que eu gosto, o que eu odeio... E sinceramente, não vou dizer que é sua obrigação saber disso porque é minha mãe; porque não é. Você precisa se preocupar mais com você e menos comigo. Precisa cobrar menos de mim e mais de você. Você está todo os dias tão preocupada comigo, que esquece de você, mamãe. E, por mais que você queira, e eu queria, nossa relação não irá mudar. Então, eu defendo o egocentrismo, porque, neste caso, o mundo gira em torno do seu umbigo. Você não é meu exemplo, mas é tudo pra mim.
Eu odeio ter que admitir isto, mas, se não fosse por você, eu não seria o que sou hoje. E, quando eu estiver completamente livre, talvez eu lhe dê o devido valor. Mas, enquanto isto não acontece, eu te peço desculpas por tudo que eu te faço passar... Nada disto nunca foi minha intenção. Eu sei que você não vai ler isso, porque eu não tenho coragem para lhe mostrar, mas eu te amo, mamãe. Sempre amei, sempre vou amar. Você pode não ser a melhor mãe do mundo, mas é a minha mãe, e nada vai mudar isto. Feliz dia das mães. E quer saber, não está atrasado, porque todo dia é dia das mães. Eu te amo! ♥
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Escolhas.

Frases que nunca foram ditas - e nem serão - cortam minha garganta. A ânsia por soltá-las é enorme. Quebro meu único ideal enquanto as mantenho presas em minha garganta. Expressar-me. Dizer tudo que quero, e que sinto. Mas... Eu não quero dizê-las. Há verdades que nunca deveriam ser ditas, sequer mencionadas em pensamentos. Esta é uma dessas verdades.
Pequenas coisas podem fazer a diferença. Mas, será que eu, um mero ser entre tantos outros, poderia fazer a diferença? Sim, poderia; não vou.
Escolhas... Todos temos escolhas. Podemos optar pelo certo, ou pelo errado. Desta vez, eu prefiro errar.
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segunda-feira, 11 de maio de 2009

O parque.

E ela estava no parque, tragando seu cigarro, como de costume. Eu a observava a distancia há dias, mas a solidão expressada em sua face, em meio há tantas pessoas, me impediam de falar com ela. Eu imaginava qual seria o cheiro de seu cabelo... Um cheiro adocicado misturado com o do fumo?! Talvez sim. Talvez não. Minha vontade, agora, era de tomar-lhe o cigarro das mãos, sentar-me ao seu lado e ficar ali, fumando em sua companhia. Mas eu não o fiz... E hoje, hoje eu me pergunto o que teria acontecido se eu tivesse a amado, a tivesse tragado para dentro de mim... Como fiz com o meu próprio cigarro, sozinho, do outro lado do parque.
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