terça-feira, 12 de maio de 2009

A carta.

Não havia muito tempo, ele lhe mandara uma carta. Uma carta onde continha uma tentativa frustrada de explicar o quanto a amava. Tentativa esta, frustrada, pois o amor não é algo que se possa explicar com palavras, palavras não podem ser sentidas. E o amor, o amor não pode ser escrito, ouvido, visto ou sequer tocado. Você pode somente senti-lo. Você nunca o toca, mas ele lhe acaricia a pele em cada brisa da manha, abrange sua alma em cada olhar, cada sorriso, cada pequeno gesto... Ele aguardou uma resposta durante dias. Esperançoso, nunca receoso de que seu amor não fosse correspondido. Mas o tempo não fora bondoso, passou lentamente, corrosivamente. Sem perder as esperanças, acreditando que ela somente estava temerosa por assumir seu amor, ele fora procurá-la... Encontrou uma casa abandonada. Ela fora embora e havia deixando somente um telegrama, ao lado de uma carta despedaçada, do mesmo modo que, em pouco tempo, um coração ficaria. O telegrama continha somente quatro palavras, quatro palavras que, naquele momento, possuíam o poder de destruir um homem: Eu não lhe amo.

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