segunda-feira, 25 de maio de 2009

Desculpe-me.

Seu coração acelerou de repente, pulsava com toda sua força, fazendo a caixa torácica parecer pequena demais para ele e os pulmões, que competiam a páreo, acelerados. A respiração estava ofegante, temerosa. O silêncio predominava os cômodos, somente uma doce voz sussurrava em sua mente: "Vá até o quarto...". Ela levantou de sobre-salto do sofá da sala e rumou silenciosa até o quarto, onde havia alguém. Uma pessoa conhecida, amada, porém, a qual palavras odiosas foram dirigidas em um momento de fúria qualquer, onde, para não magoá-la, foram escritas e guardadas somente para si. Foram achadas. A pior de todas que ela poderia ter escrito, quebrando o elo que ainda as ligava. Quebrando a confiança que ainda existia. Um mero pedaço de papel, contendo frases sem coesão... Estava com vontade de arrancar o papel das mãos da mesma, mas não o fez. Deixou-a quebrar-se por inteiro, a dilacerando com palavras logo após.
"Desculpe-me..." - sussurrou com lágrimas nos olhos. Não foi o bastante.
Ela fora embora, deixando-a sozinha no cômodo preenchido pela tensão. Ela chorou sentada ao chão, aninhada em seu próprio corpo, como uma criança medrosa. Sem ao menos coragem para explicar-se.
-
Acredite, ela foi sincera quando pediu desculpas. Eu fui sincera.

2 comentários:

Lina :) disse...

Esta situação não me é estranha.
Eu, que vira e mexe saio escrevendo porcarias quando estou nervosa.
E esqueço de jogar fora depois.
Lindo post. *-*
Beijos.

Carol Meireles disse...

Tem um selinho pra você no meu blog

http://cinderela-de-saia-justa.blogspot.com

BjsBjs'

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